Uma das coisas que eu citei que afastou muita gente do aquarismo em décadas passadas era a obrigação necessidade de se fazer uma limpeza radical nos aquários a cada 6 meses (ou menos), especialmente quem tinha filtro biológico de fundo. O hobby foi evoluindo, e hoje a gente pode ficar praticamente com o mesmo layout por anos a fio. Mesmo nos casos onde você tem um aquário plantado com substrato fértil, existem alternativas para seguir com a fertilização do aquário anos depois, quando o substrato se esgota. Mas e se você quiser que seu aquário mude de ares?
Isso é o que eu vou experimentar agora no segundo semestre. Eu quando voltei com maior afinco ao aquarismo, procurei estender ao máximo a vida útil das minhas montagens. Fazer uma mudança em larga escala fica ainda mais complicado em aquários grandes - especialmente para quem tinha o costume de carregar o aquário até o tanque para lavar os vidros.
Nos últimos 5 anos, em que dediquei meus aquários aos acarás disco, meu conceito de layout ideal vem mudando bastante. Com o aprendizado de hobbystas e criadores mais experientes e também uma boa dose de experiência própria, vejo que o layout que eu idealizei no final de 2020 acaba exigindo mais de mim no manejo do aquário. Sendo assim, ali em meados de agosto eu devo dar uma geral para algo um pouco mais minimalista (mas ainda não abrindo mão totalmente de plantas ou substrato). Deve vir algum tipo de aprendizado disso (sempre vem), então eu pretendo documentar o processo de alguma forma. Aguardem.
Nessa reflexão sobre a mudança de layout do aquário dos discos, me dei conta de que deixei de fora do episódio sobre evolução do aquarismo a questão dos substratos. Falei muito por alto dos cascalhos de rio, da era dos plantados com um húmus de minhoca + substrato inerte, mas acabei não abordando os substratos férteis mais modernos. Hoje temos uma larga oferta deles, com o diferencial de não exigir (ênfase no verbo exigir) uma camada isolante. Se você quiser montar um aquário só com substrato fértil sem nenhum inerte por cima, as opções disponíveis no mercado te dão essa opção. Mas é claro, dependendo da sua proposta de montagem, pode ser um custo desnecessário.
Não sei opinar hoje sobre quais marcas de substrato são melhores / piores e por que, mas tive boas experiências com o JBL Aquabasis+ e com o da OceanTech. Isso nessa minha experiência sem adição de CO2.
Por falar em fertilização e uso de CO2, o amigo Robson Fonseca escreveu um post bem bacana explicando a relação entre fertilização, CO2, iluminação e ocorrência de algas em aquários plantados. Tá lá no blog Tô Aquariando, do também amigo Carlos. Vale a leitura!
Falei aqui e no podcast que estava correndo aqui com episódios e escritos para abastecer vocês com conteúdo durante minhas férias, mas eu mudei de ideia. Eu até tenho como deixar algo programado, mas se precisar fazer qualquer mexida eu não vou ter como. Isso me dá um certo desconforto, admito. Sendo assim, o podcast e a newsletter voltam na primeira semana de agosto. Segurem as pontas por aí!
Mas pra não dizer que vou ficar totalmente fora do ar, como eu vou pra fora do país eu pretendo ver como são as coisas por lá (em especial, ir em uma boa loja). Se tudo der certo, posto isso no instagram ou no youtube aqui do podcast. Abraços a todos e até agosto! (ou antes)