Na semana passada, no grupo de whatsapp do podcast, rolou uma sessão muito rica de indicações de ração. Começamos falando de rações para acarás disco, mas em pouco tempo a conversa se tornou bastante abrangente. E aí é legal ver como, de fato, ninguém é detentor da verdade absoluta. Do lado de cá da conversa, coloquei o que pra mim tem sido a tônica dos últimos 5 anos: as rações da Tropical tem sido muito bem aceitas e tem uma boa reputação no mercado (destaque para a Supervit em flocos), a Sera ainda é tida como uma das melhores e as da Poytara pertencentes a linha black são ótimas. No entanto, foi muito interessante descobrir como na experiência de outros aquaristas isso pode ser bem diferente. Alguns não tiveram boa aceitação com rações da Poytara, outros elogiam as rações da Tetra e também as da Nutricon (que infelizmente eu não acho por aqui com facilidade). No entanto, o grande aprendizado da conversa foi: por que dar só um tipo de ração para peixes, se a gente pode variar a alimentação, dadas as muitas opções disponíveis?
De uns 3 anos pra cá eu intuitivamente fazia algo nessa linha: nas “3 refeições” dos meus peixes, eu dou flocos, bits e patê, uma vez cada. Depois dessa conversa, resolvi que vou alternar entre os tipos de ração, imaginando uma alimentação variada seja benéfico para os peixes.
Em relação ao episódio sobre ciclídeos africanos, ficou faltando dizer uma coisa: apesar da amônia ter uma toxicidade maior em pHs mais alcalinos, as bactérias nitrificantes trabalham de forma mais eficiente neste pH. Obrigado ao Carlos Ferreira pelo adendo!
Fazendo a minha ronda pelos fóruns de mensagens lá de fora, eu me deparei de novo com um site muito bom para responder a pergunta de 9 entre 10 iniciantes: “Quantos peixes eu posso colocar no meu aquário?”
O Intelligent Freshwater Aquarium Stocking Calculator permite que você defina a capacidade do seu aquário (tendo também uma lista de modelos fabricados e vendidos por lá), o sistema de filtragem (com 1 ou 2 filtros) e coloque a fauna desejada. Com base nisso, ele define se você tem uma quantidade adequada ou não, propondo ajustes no seu manejo (aumentar capacidade de filtragem, aumentar volume e/ou frequência de TPAs, etc). Tem também uma versão para aquários marinhos.
Quem já tiver sugestões de pautas para a 4a temporada, pode mandar por mim aqui, pelo insta, pelo whatsapp ou por email. Vou em breve fazer uma postagem no insta pedindo também. Para não correr o risco de indicar coisas que estão já “na agulha”: vai sair ainda esse ano uma entrevista e episódios sobre tetras, rásboras, killifishes e pecilídeos. Já tenho aqui anotado falar de outras famílias de peixes (por enquanto só anabantídeos) e alguns grupos mais específicos (ex: ciclídeos anões) ano que vem.
E por falar em entrevista, semana que vem chega na sua caixa de correio e nos principais plataformas de áudio. Até lá!